terça-feira, outubro 25

Raul Seixas: um canceriano genial

“Nasci baiano mesmo, na av. 7 de setembro, número 108, que é a avenida principal de Salvador. Hoje estão comendo bacalhau”, brincaria Raul, mais tarde, referindo-se ao restaurante português que funciona hoje na casa em que nasceu. Filho de Maria Eugênia Pereira dos Santos e de Raul Varella Seixas, a vasta biblioteca de seu pai era seu brinquedo favorito. E foi daí que veio o gosto pela palavra e a miopia precoce. Um dia a família Seixas mudou-se para uma casa que ficava próxima ao consulado americano e ali Raul conheceu os garotos do consulado, que lhe emprestaram alguns discos de Elvis Presley, Little Richard, Fats Domino e Chuck Berry. Foi seu primeiro contato com o Rock and Roll. Aos poucos a escola foi ficando de lado. O bom era ficar na loja Cantinho da Música, curtindo rock and roll ou marcando ponto no Elvis Rock Club, fã-clube de Elvis Presley, fundado por Raulzito e o amigo Waldir Serrão. Corria o ano de 1962 e a necessidade de fazer rock levou Raul a fundar, ao lado dos irmãos Délcio e Thildo Gama, o grupo Os Relâmpagos do Rock. Chegaram a se apresentar na TV Itapoan, onde foram chamados de cantores de "música de cowboy". Em 1964, Os Relâmpagos do Rock, com nova formação, passam a se chamar The Panthers. Foi também o ano da profissionalização definitiva e da descoberta dos Beatles. Em seguida o grupo passou a se chamar Raulzito e Os Panteras e passou a tocar em boates e em shows em que, muitas vezes, brilhavam astros da Jovem Guarda como Roberto Carlos, Wanderléa, Jerry Adriani e, Rosemary, entre outros. Seus maiores rivais são os grupos de samba e bossa nova, aquartelados no Teatro Vila Velha de um lado e do outro o Cinema Roma, que era o templo do rock and roll, organizado por Waldir Serrão, O Big Ben. Atendendo a um pedido de Jerry Adriani, Raul, Edith e Os Panteras partiram para o Rio, realizando um velho sonho. Conseguiram gravar, para a Odeon, o LP Raulzito e Os Panteras. Lançado em 1968, o disco foi ignorado tanto pela crítica quanto pelo público. Em 1970, conheceu, em Salvador, Evandro Ribeiro, diretor da CBS, hoje Sony Music, que o convidou para trabalhar como produtor de discos. Mas, inquieto, Raul aproveita-se da viagem do presidente da gravadora e grava o LP Sociedade da Grã-Ordem Kavernista – apresenta – Sessão das 10, com participações do próprio Raul, com Sérgio Sampaio, Miriam Batucada, Edy Star. O presidente da empresa volta e demite Raulzito. A partir daí vem o sucesso de "Let me Sing, Let me Sing", "Ouro de Tolo" e muitos mais.
Confira a história inteira no especial Raulzito, o Canceriano sem Lar:






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Mais no site oficial de Raul Seixas

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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16:48  

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